sábado, novembro 19, 2005
Song # 11
foge-me o tempo da alma~~~~~~~~~^^^^^^^^^^_________-------____-------
vou até casa ouvir spacemen3 e desejar-me um bom fds
sexta-feira, novembro 18, 2005
Song # 10 - Dias de Água (para Nuno Rebelo)
Ensemble para 5 salas. 5 espaços com pouca luz, mobilados com arte musical futurista. Pedido de subsídio em tela com partitura. Numa das salas, 1 gira-discos antigo, com um dispositivo arcaico montado no prato, roda por cima de 2 guitarras portuguesas, fornecendo uma longa nuvem de som minimal. Na mesma sala, um retroprojector incide a sua luz sobre um recipiente quadrado com água e reflecte-o na parede usada. Na sala ao lado, 2 gira-discos antigos, com um dispositivo arcaico montado nos pratos, rodam por cima de 4 guitarras portuguesas, fornecendo uma longa nuvem de som minimal. As pessoas andam silenciosamente de um lado para o outro à espera que algo aconteça. Enquanto isso, andam silenciosamente de um lado para o outro. Algumas trazem o copo de vinho na mão que o bar lá em baixo vendeu. Outras o whisky malvado. Outras fumam um cigarro na eternidade da noite enquanto esperam pelo som do contrabaixo. De repente, numa das salas, ouve-se o silêncio de um sopro. De repente, outra vez. Depois, noutra sala, um diálogo de sopros ecoa pelos corpos que se movimentam silenciosamente. Os músicos também andam. Silenciosamente. De sala em sala. Buscando o clímax dos agudos. Depois, na sala dos 2 gira-discos antigos, o diálogo entre contrabaixo e guitarra acústica com cordas de aço começa. Jazz sci-fi. Acordes de filigrana acentes nas pernas que tremem. Do corpo do contrabaixo, gárgolas espreitam na direcção das pessoas que se continuam a movimentar silenciosamente. Movimentam-se silenciosamente ao encontro dos músicos que também se movem silenciosamente com os seus instrumentos debaixo do braço. Caem instrumentos de metal no chão. Propositadamente. Instala-se o caos dos diálogos entre os instrumentos. Gritam. Gritam. Caem. Morrem. SILÊNCIO. SILÊNCIO ABUNDANTE. Depois, um longo lamento de uma nota só nasce no centro da sala do retroprojector e envolve todas as demais. Todo o edifício. Todos nós.
(inspirado no concerto de Stefano Zorzanello + Ensemble Granular, dia 16 de Novembro de 2005, na Casa dos Dias da Água, em Lisboa «««««»»»»» Stefano Zorzanello - saxofones, ottavino; Bruno Parrinha - clarinetes; Nuno Rebelo - guitarra eléctrica; Ulrich Mitzlaff - violoncelo; Pedro Gonçalves - contrabaixo; Marco Franco - percussão)
quarta-feira, novembro 16, 2005
Song # 9 - Portugal - Um Retrato Musical
No passado dia 10 de Novembro realizou-se na Fonoteca Municipal de Lisboa uma conferência sobre música portuguesa justamente intitulada “Portugal – Um Retrato Musical”, versando sobre as áreas pop, rock e experimental. O objectivo da conferência era “proceder a uma reflexão o mais abrangente possível, sabendo de antemão que nunca se chegará a conclusões totais ou definitivas… O panorama musical, as quotas da música portuguesa, o espaço nos media, as relações com o Estado, a internacionalização e essencialmente a música que se faz em Portugal…” estiveram em destaque nesta conferência inserida na programação do “Número Festival – Festival Internacional de Multimédia, Filme e Música de Lisboa”.
A conferência, moderada por Dinis Guarda, director do “Número” contou com as presenças do radialista Henrique Amaro, Rui Eduardo Paes, director da associação Granular e José Marmeleira, apresentado como ilustre descobridor de projectos musicais de vanguarda em Portugal. Faltaram à chamada os representantes das editoras independentes portuguesas e do Estado Português, respectivamente.
Com estas notadas falhas, logo cedo se verificou que a conferência iria perder metade do seu interesse. Como é possível que num debate desta natureza, nem as editoras independentes nem o Estado estejam representados, apesar de terem sido convidados? Duas instituições que se querem a interagir, pura e simplesmente andam de costas voltadas?
“Portugal – Um Retrato Musical” começou com uma ideia que há muito existe no nosso país, não só em relação à música como a outras áreas: existe critica a mais e reflexão a menos. Ao que parece a produção é boa (e muita) mas a divulgação é pouca, não existindo, para isso, um sistema montado que faça face a tal problema.
José Marmeleira, o primeiro interveniente, fez uma apreciação global daquilo que foram os anos 80 no nosso país, salientando as diferenças culturais que na altura não eram muito bem vistas pela sociedade e também para um aspecto que se foi perdendo, a chamada “portugalidade”, ou seja, uma abordagem muito específica e muito “nossa” em relação à música que se fazia. Pop Dell’Arte e Mler Ife Dada foram exemplos apontados. Não só a música apontava para essa “portugalidade”, como também o visual das bandas contribuía para o conceito.
Com o aparecimento dos 90’s, continua José Marmeleira, passou a haver uma categorização de estilos (aparecimento do rap e hip-hop) e o amadurismo deu lugar ao profissionalismo, sendo as bandas portuguesas equiparadas sonoramente a bandas internacionais (Blind Zero vs Pearl Jam, lembram-se?).
Nesta altura, diz José Marmeleira, a música portuguesa deixa de passar na TV e na rádio, sendo o cantar em português substituído pelo hip-hop, que passa a ter muito mais impacto nas gerações mais novas.
José Marmeleira diz também que, com a chegada dos 00’s, houve coisas que se perderam e outras que se ganharam, como é o caso da Internet e das inúmeras possibilidades que esta oferece na divulgação de novos projectos musicais, muito particularmente graças à criação e proliferação de várias NetLabel’s (editoras alternativas que editam e divulgam novas bandas). A edição de CDR’S também constitui uma das estratégias alternativas a ter em conta nesta primeira metade dos anos 00.
Ainda segundo José Marmeleira, assiste-se hoje a um ajuste de contas com a música do passado (anos 70, principalmente). Casos de tributo a Carlos Paredes ou a António Variações são disso bom exemplo.
Henrique Amaro tomou da palavra alertando uma Fonoteca cheia de interessados nestas matérias para o facto de se ter que começar a pensar na música portuguesa sob o ponto de vista organizativo, não se tornando necessário o exercício da exportação se não houver uma eficiente organização interna. A música portuguesa tem que fazer parte do quotidiano das pessoas, disse o radialista.
Outra ideia que Amaro quis deixar expressa foi a de que os grupos portugueses não podem andar de costas voltadas uns para os outros, sendo necessário o trabalho em grupo para uma boa afirmação da nova música portuguesa. Neste particular foram apontados como exemplo os Loosers e Fish & Sheep, dois novos e emergentes projectos de rock alternativo português que editaram os seus trabalhos em CDR e que gravitam à volta da galeria Zé dos Bois, espaço lisboeta de referência no que toca a novas músicas portuguesas e internacionais.
Outra ideia deixada por Henrique Amaro diz respeito à intervenção do Estado nestas matérias. Diz o radialista que o Estado deve ter um papel preponderante em relação à música portuguesa, mas não na perspectiva do subsídio/compromisso, já que isso não resolve o problema. Para o radialista, o Estado Português deve ter um papel determinante em relação à música portuguesa, desde logo com a criação de um arquivo nacional de som, que colmate o défice bibliográfico e discográfico existente em relação à nossa música e com a criação de salas multiusos para espectáculos ou com o reaproveitamento das salas existentes, nomeadamente aquelas pertencentes ao Instituto Português da Juventude. Neste particular o Estado devia subsidiar as pequenas editoras portuguesas com vista à criação e divulgação de novas bandas nacionais. Veja-se, a título de exemplo, os casos da Bor Land ou Loop Recordings, que com parcos meios têm obtido algum sucesso por estas e outras bandas.
Rui Eduardo Paes, da associação Granular foi o orador seguinte, alertando desde logo para a falta de confiança existente entre o público português e os seus artistas. Este especialista em música experimental deu como exemplo o recente espectáculo de John Zorn na Casa da Música. O que as cerca de 1000 pessoas viram no espectáculo “Cobra” foi 12 músicos portugueses, entre eles Nuno rebelo e Carlos Bica, a interpretarem John Zorn. Segundo Paes, se as pessoas soubessem que iriam ver músicos portugueses não encheriam metade da sala.
Esta falta de confiança nos músicos portugueses é contrariada lá fora, onde a música experimental portuguesa é vista com muitos bons olhos, como uma cena sólida e original.
Para Rui Eduardo Paes, o que se passa em Portugal é uma “cena sem cenário”, ou seja, os projectos existem, criam, mas não são vistos com prestígio dentro de portas, a par com a falta de espaços para tocar e assim divulgarem a música que fazem.
Outro ponto em destaque apontado por Paes diz respeito ao bloqueio feito à música experimental portuguesa por parte dos media, sendo este tipo musical muitas vezes visto como elitista e direccionado para nichos de mercado. Para Eduardo Paes esta ideia não faz muito sentido, ou pelo menos não deveria fazer. “ O imperialismo e a homogeneização de gostos” condicionam, claro está, a venda de música em Portugal. Para Paes é imperial que haja coexistência entre arte e cultura, já que “numa sociedade plural tem que haver coexistência na oferta”.
Outra ideia avançada por este dirigente associativo tem a ver com os media que, segundo Paes, devem mostrar um pouco de tudo o que se passa na música portuguesa e não só o que vende ou que sirva os interesses dos diversos meios de comunicação.
Para terminar Eduardo Paes fez uma pequena análise acerca da importância da música experimental na pop de 80’s, deixando uma questão no ar: Porquê a música pop nos anos 80 podia ser experimental e hoje não?
Foram estas então as ideias apontadas nesta conferência antes da secção de perguntas da parte do público a que, infelizmente e por outros compromissos já anteriormente assumidos, não assisti.
De qualquer modo e de acordo com o relatado nas linhas acima, não houve quase nada de novo a apontar em relação à música portuguesa. Portugal continua a ter um retrato musical formatado, onde quem mais vende tem apoios para vender mais (não deveria ser ao contrário?), as quotas de música portuguesa para as rádios continuam a não ser cumpridas (salvo algumas excepções, claro), o espaço nos media para as músicas de carácter mais experimental continua a ser nulo (não será a música portuguesa um todo? não terão todos direito a uma divulgação igual?), as relações com o Estado continuam a não existir (note-se que nem sequer comparecem a estes eventos), assim como uma eficaz internacionalização (veja-se que quem consegue tocar lá fora são projectos considerados alternativos cá dentro. The Legendary Tiger Man à cabeça).
E o tratamento dado à música portuguesa, não deveria ser igual ao que é dado às outras formas de arte, a começar, desde logo, pelo IVA? Música é cultura ou não? Pelos vistos, não. É pena.
Enfim, muito há ainda a resolver nesta matéria. Talvez quando todos perceberem que a música é realmente universal, se possam começar a deitar abaixo as barreiras existentes.
A conferência, moderada por Dinis Guarda, director do “Número” contou com as presenças do radialista Henrique Amaro, Rui Eduardo Paes, director da associação Granular e José Marmeleira, apresentado como ilustre descobridor de projectos musicais de vanguarda em Portugal. Faltaram à chamada os representantes das editoras independentes portuguesas e do Estado Português, respectivamente.
Com estas notadas falhas, logo cedo se verificou que a conferência iria perder metade do seu interesse. Como é possível que num debate desta natureza, nem as editoras independentes nem o Estado estejam representados, apesar de terem sido convidados? Duas instituições que se querem a interagir, pura e simplesmente andam de costas voltadas?
“Portugal – Um Retrato Musical” começou com uma ideia que há muito existe no nosso país, não só em relação à música como a outras áreas: existe critica a mais e reflexão a menos. Ao que parece a produção é boa (e muita) mas a divulgação é pouca, não existindo, para isso, um sistema montado que faça face a tal problema.
José Marmeleira, o primeiro interveniente, fez uma apreciação global daquilo que foram os anos 80 no nosso país, salientando as diferenças culturais que na altura não eram muito bem vistas pela sociedade e também para um aspecto que se foi perdendo, a chamada “portugalidade”, ou seja, uma abordagem muito específica e muito “nossa” em relação à música que se fazia. Pop Dell’Arte e Mler Ife Dada foram exemplos apontados. Não só a música apontava para essa “portugalidade”, como também o visual das bandas contribuía para o conceito.
Com o aparecimento dos 90’s, continua José Marmeleira, passou a haver uma categorização de estilos (aparecimento do rap e hip-hop) e o amadurismo deu lugar ao profissionalismo, sendo as bandas portuguesas equiparadas sonoramente a bandas internacionais (Blind Zero vs Pearl Jam, lembram-se?).
Nesta altura, diz José Marmeleira, a música portuguesa deixa de passar na TV e na rádio, sendo o cantar em português substituído pelo hip-hop, que passa a ter muito mais impacto nas gerações mais novas.
José Marmeleira diz também que, com a chegada dos 00’s, houve coisas que se perderam e outras que se ganharam, como é o caso da Internet e das inúmeras possibilidades que esta oferece na divulgação de novos projectos musicais, muito particularmente graças à criação e proliferação de várias NetLabel’s (editoras alternativas que editam e divulgam novas bandas). A edição de CDR’S também constitui uma das estratégias alternativas a ter em conta nesta primeira metade dos anos 00.
Ainda segundo José Marmeleira, assiste-se hoje a um ajuste de contas com a música do passado (anos 70, principalmente). Casos de tributo a Carlos Paredes ou a António Variações são disso bom exemplo.
Henrique Amaro tomou da palavra alertando uma Fonoteca cheia de interessados nestas matérias para o facto de se ter que começar a pensar na música portuguesa sob o ponto de vista organizativo, não se tornando necessário o exercício da exportação se não houver uma eficiente organização interna. A música portuguesa tem que fazer parte do quotidiano das pessoas, disse o radialista.
Outra ideia que Amaro quis deixar expressa foi a de que os grupos portugueses não podem andar de costas voltadas uns para os outros, sendo necessário o trabalho em grupo para uma boa afirmação da nova música portuguesa. Neste particular foram apontados como exemplo os Loosers e Fish & Sheep, dois novos e emergentes projectos de rock alternativo português que editaram os seus trabalhos em CDR e que gravitam à volta da galeria Zé dos Bois, espaço lisboeta de referência no que toca a novas músicas portuguesas e internacionais.
Outra ideia deixada por Henrique Amaro diz respeito à intervenção do Estado nestas matérias. Diz o radialista que o Estado deve ter um papel preponderante em relação à música portuguesa, mas não na perspectiva do subsídio/compromisso, já que isso não resolve o problema. Para o radialista, o Estado Português deve ter um papel determinante em relação à música portuguesa, desde logo com a criação de um arquivo nacional de som, que colmate o défice bibliográfico e discográfico existente em relação à nossa música e com a criação de salas multiusos para espectáculos ou com o reaproveitamento das salas existentes, nomeadamente aquelas pertencentes ao Instituto Português da Juventude. Neste particular o Estado devia subsidiar as pequenas editoras portuguesas com vista à criação e divulgação de novas bandas nacionais. Veja-se, a título de exemplo, os casos da Bor Land ou Loop Recordings, que com parcos meios têm obtido algum sucesso por estas e outras bandas.
Rui Eduardo Paes, da associação Granular foi o orador seguinte, alertando desde logo para a falta de confiança existente entre o público português e os seus artistas. Este especialista em música experimental deu como exemplo o recente espectáculo de John Zorn na Casa da Música. O que as cerca de 1000 pessoas viram no espectáculo “Cobra” foi 12 músicos portugueses, entre eles Nuno rebelo e Carlos Bica, a interpretarem John Zorn. Segundo Paes, se as pessoas soubessem que iriam ver músicos portugueses não encheriam metade da sala.
Esta falta de confiança nos músicos portugueses é contrariada lá fora, onde a música experimental portuguesa é vista com muitos bons olhos, como uma cena sólida e original.
Para Rui Eduardo Paes, o que se passa em Portugal é uma “cena sem cenário”, ou seja, os projectos existem, criam, mas não são vistos com prestígio dentro de portas, a par com a falta de espaços para tocar e assim divulgarem a música que fazem.
Outro ponto em destaque apontado por Paes diz respeito ao bloqueio feito à música experimental portuguesa por parte dos media, sendo este tipo musical muitas vezes visto como elitista e direccionado para nichos de mercado. Para Eduardo Paes esta ideia não faz muito sentido, ou pelo menos não deveria fazer. “ O imperialismo e a homogeneização de gostos” condicionam, claro está, a venda de música em Portugal. Para Paes é imperial que haja coexistência entre arte e cultura, já que “numa sociedade plural tem que haver coexistência na oferta”.
Outra ideia avançada por este dirigente associativo tem a ver com os media que, segundo Paes, devem mostrar um pouco de tudo o que se passa na música portuguesa e não só o que vende ou que sirva os interesses dos diversos meios de comunicação.
Para terminar Eduardo Paes fez uma pequena análise acerca da importância da música experimental na pop de 80’s, deixando uma questão no ar: Porquê a música pop nos anos 80 podia ser experimental e hoje não?
Foram estas então as ideias apontadas nesta conferência antes da secção de perguntas da parte do público a que, infelizmente e por outros compromissos já anteriormente assumidos, não assisti.
De qualquer modo e de acordo com o relatado nas linhas acima, não houve quase nada de novo a apontar em relação à música portuguesa. Portugal continua a ter um retrato musical formatado, onde quem mais vende tem apoios para vender mais (não deveria ser ao contrário?), as quotas de música portuguesa para as rádios continuam a não ser cumpridas (salvo algumas excepções, claro), o espaço nos media para as músicas de carácter mais experimental continua a ser nulo (não será a música portuguesa um todo? não terão todos direito a uma divulgação igual?), as relações com o Estado continuam a não existir (note-se que nem sequer comparecem a estes eventos), assim como uma eficaz internacionalização (veja-se que quem consegue tocar lá fora são projectos considerados alternativos cá dentro. The Legendary Tiger Man à cabeça).
E o tratamento dado à música portuguesa, não deveria ser igual ao que é dado às outras formas de arte, a começar, desde logo, pelo IVA? Música é cultura ou não? Pelos vistos, não. É pena.
Enfim, muito há ainda a resolver nesta matéria. Talvez quando todos perceberem que a música é realmente universal, se possam começar a deitar abaixo as barreiras existentes.
song # 8 - Música Experimental # 2
«««««««««««««««««««««««noite++++laptops voam na noite--...;;o q sentes quando um laptop voa na noite mailto:mnoite?????????@@@@@@@@#será q o consegues agarrar e apertá-lo conta o peito para nunca mais fugir na noite q se esconde do dia pork tem medo do sol q keima as pedras da calçada electrónica??????????????"""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""""############
==========================okOKokOK
amp;amp;&&KOko,,,,schhhhhhhhhhh,,,,faz pouco barulho para não acordares o joão peste..............agora não sinto + nada a não ser o mesmo nada q agora sinto!!!!!!!!!!!!\\\\\\\\\\\\\\\,.,.,º++++,.,.+++*****************'''«««««««««««««««
quinta-feira, novembro 10, 2005
Song # 7 - Agit Pop & Rock Popero
No passado dia 15 de Outubro, dois acontecimentos culturais tiveram lugar na cidade de Oliveira do Hospital, tendo por base a OHs21 – Associação Cultural e Multimédia de Oliveira do Hospital: a comemoração do seu sétimo aniversário e a inauguração da nova sede, situada agora nas antigas instalações da prisão oliveirense.
Depois de um jantar farto e do cantar de parabéns à OHs21, a malta rumou até à nova sede para presenciar e fazer parte da festa que aí tinha lugar.
O ambiente era um misto de festa e emoção, por agora a associação oliveirense ter um espaço digno para a sua dimensão e por haver a partir de agora mais um lugar de referência (assim se espera) no que a actividades de carácter alternativo diz respeito (música, cinema, vídeo, instalação, exposições, etc.).
O evento contou com vários artistas locais, como é apanágio da OHs21, que assim tiveram mais uma oportunidade de apresentar os seus dotes artísticos, sempre com a música como pano de fundo, mas também incorporando elementos multimédia.
Tudo começou por volta das 23:30, depois do DJ Rocky Balboa ter aberto as hostes para a revolução que se adivinhava, ao som dos britânicos Kasabian.
Logo depois entrou em acção o projecto d -.- b, com a sua mistura explosiva de música e imagem, tudo manipulado em tempo real, coadjuvado por dois laptops e um controlador midi. Som denso, batidas minimais e imagens em ebulição, são o prato forte deste projecto multimédia. A sede, neste momento, ainda estava a meio gás. Foi pena que poucos tivessem assistido ao segundo acto de d -.- b, por estas paragens.
Logo depois entraram em cena As 4 Sombras, projecto que revisitou o clássico dos Bauhaus, “The Three Shadows”, presente no álbum “The Sky’s Gone Out” (1982, A&M).
A actuação deste projecto foi feito sob fundo de luz negra, ao bom estilo gótico, tendo duas guitarras eléctricas, timbalão e um baixo ocasional como companhia. Pedia-se mais, tendo em conta os músicos envolvidos.
Os norte-americanos Sonic Youth já se tinham dado a ouvir nesta festa de aniversário, mas foi com a Amiga 500 que a homenagem tomou novas proporções…sónicas. O “medley” inicial deu o sinal inequívoco do tamanho da homenagem, oferecendo aos presentes um longo tema feito de colagens de vários temas da banda americana. Como se isto não bastasse, a actuação d’Amiga 500 ainda tocou “Youth Against Fascism”, do álbum “Dirty” (1992, DGC).
“Cherry Chapstick” (dedicada ao presidente da OHs21, Artur Abreu) dos também norte-americanos Yo La Tengo, incluída do álbum “And Them Nothing Turned Itself Inside-Out” (2000, Matador), foi outro dos temas revisitados por esta banda. Para final de concerto, continuando em jeito de homenagem, claro está, ficaram, “Transmission” (7’’, 1979, Factory) dos manchesterianos Joy Division e ainda “Never Understand” (“Psychocandy”, 1985, Blanco Y Negro/Warner Bros.) dos Jesus And Mary Chain, ambos com vocalização de Luís Antero.
Para quando o projecto de originais? Estamos à espera.
O quarto projecto musical a entrar em cena na sétima festa de aniversário da OHs21 dá pelo nome de Out Level, combinando improvisação e experimentalismo, com a colaboração de Hélder Tromp-Hatt, como já vai sendo habitual. “The Free-Jazz-Rock-Experience”, foi o tema interpretado por este projecto, na sua terceira actuação por estes lados.
Depois do chinfrim dos Out Level, o palco da nova sede ainda teve tempo para acarinhar um duo acústico com canções pintadas a negro, cujo nome se perdeu na memória da noite.
Para o fim ficou reservada uma performance de “agit-pop” por Frédi Fláche & The Pretty Faces From Hell.
Pegando no legado de Jorge Ferraz nos Santa Maria, Gasolina Em Teu Ventre, o projecto traçou uma performance em volta do tema “Optical Sunday Without William Burroughs”, presente no Máxi Single “Santa Maria, Gasolina Em Teu Ventre”, recentemente editado em CD, juntamente com o álbum “Free Terminator/Falcão Solitário Sem Ser Distorção” (2005, ZoundsRecords), culminando numa homenagem ao movimento Black Panthers Party (“Este é o poder negro”).
Este projecto ainda teve tempo para apresentar um tema inédito, tendo por base o poema “Me, Myself, My Ego And My Cellular Phone – A Revolutionary Prelude & Escape” de Frédi Fláche, sob fundo electrónico movido a cores de Bristol.
E assim se fez mais uma festa da OHs21 onde, mais uma vez, tivemos a oportunidade de assistir a novos e estimulantes projectos musicais deste concelho. Espero que estejam por cá daqui a uns tempos. Estes ou outros.
Acendam as luzes/Apaguem as luzes & Dance. Venham mais 5.
Depois de um jantar farto e do cantar de parabéns à OHs21, a malta rumou até à nova sede para presenciar e fazer parte da festa que aí tinha lugar.
O ambiente era um misto de festa e emoção, por agora a associação oliveirense ter um espaço digno para a sua dimensão e por haver a partir de agora mais um lugar de referência (assim se espera) no que a actividades de carácter alternativo diz respeito (música, cinema, vídeo, instalação, exposições, etc.).
O evento contou com vários artistas locais, como é apanágio da OHs21, que assim tiveram mais uma oportunidade de apresentar os seus dotes artísticos, sempre com a música como pano de fundo, mas também incorporando elementos multimédia.
Tudo começou por volta das 23:30, depois do DJ Rocky Balboa ter aberto as hostes para a revolução que se adivinhava, ao som dos britânicos Kasabian.
Logo depois entrou em acção o projecto d -.- b, com a sua mistura explosiva de música e imagem, tudo manipulado em tempo real, coadjuvado por dois laptops e um controlador midi. Som denso, batidas minimais e imagens em ebulição, são o prato forte deste projecto multimédia. A sede, neste momento, ainda estava a meio gás. Foi pena que poucos tivessem assistido ao segundo acto de d -.- b, por estas paragens.
Logo depois entraram em cena As 4 Sombras, projecto que revisitou o clássico dos Bauhaus, “The Three Shadows”, presente no álbum “The Sky’s Gone Out” (1982, A&M).
A actuação deste projecto foi feito sob fundo de luz negra, ao bom estilo gótico, tendo duas guitarras eléctricas, timbalão e um baixo ocasional como companhia. Pedia-se mais, tendo em conta os músicos envolvidos.
Os norte-americanos Sonic Youth já se tinham dado a ouvir nesta festa de aniversário, mas foi com a Amiga 500 que a homenagem tomou novas proporções…sónicas. O “medley” inicial deu o sinal inequívoco do tamanho da homenagem, oferecendo aos presentes um longo tema feito de colagens de vários temas da banda americana. Como se isto não bastasse, a actuação d’Amiga 500 ainda tocou “Youth Against Fascism”, do álbum “Dirty” (1992, DGC).
“Cherry Chapstick” (dedicada ao presidente da OHs21, Artur Abreu) dos também norte-americanos Yo La Tengo, incluída do álbum “And Them Nothing Turned Itself Inside-Out” (2000, Matador), foi outro dos temas revisitados por esta banda. Para final de concerto, continuando em jeito de homenagem, claro está, ficaram, “Transmission” (7’’, 1979, Factory) dos manchesterianos Joy Division e ainda “Never Understand” (“Psychocandy”, 1985, Blanco Y Negro/Warner Bros.) dos Jesus And Mary Chain, ambos com vocalização de Luís Antero.
Para quando o projecto de originais? Estamos à espera.
O quarto projecto musical a entrar em cena na sétima festa de aniversário da OHs21 dá pelo nome de Out Level, combinando improvisação e experimentalismo, com a colaboração de Hélder Tromp-Hatt, como já vai sendo habitual. “The Free-Jazz-Rock-Experience”, foi o tema interpretado por este projecto, na sua terceira actuação por estes lados.
Depois do chinfrim dos Out Level, o palco da nova sede ainda teve tempo para acarinhar um duo acústico com canções pintadas a negro, cujo nome se perdeu na memória da noite.
Para o fim ficou reservada uma performance de “agit-pop” por Frédi Fláche & The Pretty Faces From Hell.
Pegando no legado de Jorge Ferraz nos Santa Maria, Gasolina Em Teu Ventre, o projecto traçou uma performance em volta do tema “Optical Sunday Without William Burroughs”, presente no Máxi Single “Santa Maria, Gasolina Em Teu Ventre”, recentemente editado em CD, juntamente com o álbum “Free Terminator/Falcão Solitário Sem Ser Distorção” (2005, ZoundsRecords), culminando numa homenagem ao movimento Black Panthers Party (“Este é o poder negro”).
Este projecto ainda teve tempo para apresentar um tema inédito, tendo por base o poema “Me, Myself, My Ego And My Cellular Phone – A Revolutionary Prelude & Escape” de Frédi Fláche, sob fundo electrónico movido a cores de Bristol.
E assim se fez mais uma festa da OHs21 onde, mais uma vez, tivemos a oportunidade de assistir a novos e estimulantes projectos musicais deste concelho. Espero que estejam por cá daqui a uns tempos. Estes ou outros.
Acendam as luzes/Apaguem as luzes & Dance. Venham mais 5.
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