Sei que já foi a algum tempo, mas encontrei o texto hoje e resolvi inclui-lo aqui na minha guitarra azul, para contento dela, somente...
Depois de ter ouvido umas cem vezes o ultimo disco dos Dead Meadow (“Feathers”, Matador, 2005), saí de casa para a noite fria que me piscava o olho. Não havia muita gente na rua. Lisboa já se tinha recolhido para o aconchego etílico dos bares. A minha missão era simples: entrar na Galeria Zé dos Bois, ocupar um lugar estratégico com vista para o palco e desfrutar de duas bandas que ali iam tocar: Manta Rota e Sei Miguel Jazz-Out Leadership. Não conhecia nem uma nem outra. Dos Manta Rota, a primeira banda da noite, conhecia pessoalmente o Afonso Simões, que faz “sonhos pop” musicais com o seu projecto Phoebus, e de vista alguns dos outros membros. Os Manta Rota são um colectivo de músicos provenientes de outras formações como Gala Drop, CAVEIRA, The Vicious 5 ou Fish & Sheep. Aquilo que ouvi (sim porque, até com um esforço danado para me por em bicos-de-pés, não consegui ver grande coisa) na ZDB no sábado à noite, dia 14, nas chamadas Avant_aavv_Sessions, foi um edifício sonoro feito de diálogos eficazes, que me deixou a meio caminho entre os anos 60 dos Doors e os tempos + recentes dos Godspeed You! Black Emperor. Muito Bom.
Intervalo. Tempo para beber um copo de vinho entre os noctívagos locais.
Entrei mais cedo na sala de concertos, apropriadamente chamada aquário (onde não se deve fumar), para arranjar, desta vez, um bom lugar para assistir à experiência que se seguiria. Há já muitos anos que oiço falar de Sei Miguel, do seu génio, dos seus improvisos, do seu experimentalismo, daquilo que tem feito pela música portuguesa além fronteiras, etc., etc., enfim, uma referência. E como se isto não bastasse, veio acompanhado de outro músico, entre outros, de renome internacional: Rafael Toral, uma das + altas “vozes” da electrónica lusa.
Jazz + electrónica + free rock = um dos melhores concertos a que tive oportunidade de assistir.
Diálogos eficazes e consistentes entre os 7 elementos da banda, com Sei Miguel como condutor mor. Tudo bem ensaiado ou, melhor, improvisado. A trompete de bolso de Sei Miguel entra e sai de mansinho, como um gato que sai de casa para ver as estrelas e + tarde volta ao seu aconchegante lar, a guitarra eléctrica dedilha a forma da noite encostada ao vidro, o baixo entra em convulsões de graves dispersos pelas 4 cantos da sala, a percussão, comedida e implacavelmente bem tocada, dá o beat que se sente e que se quer sentir. Como se a noite não tivesse fim…
Intervalo. Tempo para beber um copo de vinho entre os noctívagos locais.
Entrei mais cedo na sala de concertos, apropriadamente chamada aquário (onde não se deve fumar), para arranjar, desta vez, um bom lugar para assistir à experiência que se seguiria. Há já muitos anos que oiço falar de Sei Miguel, do seu génio, dos seus improvisos, do seu experimentalismo, daquilo que tem feito pela música portuguesa além fronteiras, etc., etc., enfim, uma referência. E como se isto não bastasse, veio acompanhado de outro músico, entre outros, de renome internacional: Rafael Toral, uma das + altas “vozes” da electrónica lusa.
Jazz + electrónica + free rock = um dos melhores concertos a que tive oportunidade de assistir.
Diálogos eficazes e consistentes entre os 7 elementos da banda, com Sei Miguel como condutor mor. Tudo bem ensaiado ou, melhor, improvisado. A trompete de bolso de Sei Miguel entra e sai de mansinho, como um gato que sai de casa para ver as estrelas e + tarde volta ao seu aconchegante lar, a guitarra eléctrica dedilha a forma da noite encostada ao vidro, o baixo entra em convulsões de graves dispersos pelas 4 cantos da sala, a percussão, comedida e implacavelmente bem tocada, dá o beat que se sente e que se quer sentir. Como se a noite não tivesse fim…
1 comentário:
Oi... irmão mais novo!
Não vou escrever sobre o que não sei.
Mas o texto está muito agradável de ler.
Um abraço... e coragem aí em Lisboa!
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