1 – Hood “Outside Closer”, 2005 (Domino)
Reverse. Forward. Olhos de cristal. Pop electrónica com jazz quase imperceptível à mistura. Piano. Sintetizadores amigos do dia e da noite. Forward. Guitarras acústicas pop e voz aveludada. Encanto. Beat jazzy. “All you need is a place to stay without memories…you can hide from the world”. Está quase tudo ditto.
2 – Josh Rouse “Nashville”, 2005 (Rykodisc)
“Life is good, sometimes is bad”. Americana feita em Espanha. Guitarras folk e harmonica de bolso. Canções de amor não correspondido, mas sem dor de corno. Quase irónico. Imensamente pop. Belo até dizer não. Para ouvir à noite, antes do sono atravessar as paredes brancas do quarto. Se quiserem blues também os há. “What’s going on with you?”. Pronto. Tudo bem. Ah, e também há Smiths. Pois há.
3 – Kasabian “Kasabian”, 2005 (BMG/RCA)
Bateria desgovernada. Efeitos electrónicos à deriva. Guitarras wahwah com sabor a Madchester. Stone Roses à porrada com os Primal Scream. Happy Mondays do século XXI viciados em ritmos contagiantes. Canções cuidadosamente estudadas para nos entrarem bem fundo in the head. Hammond do inferno comandando a ressaca dos dias. E depois há Beach Boys e, não sei bem porquê (deve ser da linha de baixo) Air. “I just can´t stop loosing control”. Pois, pois.
4 – The Arcade Fire “Funeral”, 2004 (Merge)
Belo. Arrepiante. Pop de guitarras flutuantes. Vozes esganiçadas em competição com sentido de fair play. Bateria que entra compassada e se mistura com o que já havia: piano, guitarra eléctrica, voz e, parece-me, lá bem ao fundo, um bandolim. “Sometimes we remember bedrooms, and our parent’s bedrooms and the bedrooms of our friends...”. Que família esta. Que canções estas. Que sentimento(s) este(s). Escrito ninguém acredita.
5 – Gorillaz “Demon Days”, 2005 (Parlophone/EMI)
A macacada está de volta, agora mais sóbria, menos brincalhona, sem o pula pula por entre os ramos da árvore da evolução da espécie. Bem, também não é bem assim, ainda se permitem algumas brincadeiras, mas o caso agora é um pouco mais sério. “Are we the last living souls?”. Pianadas, hip hop, rock psicadélico de 70’s, british beat de 60’s, afro beat de brincar com coro juvenil e palminhas a acompanhar, electro pelos tomates e participantes de peso: De La Soul, Roots Manuva, Dennis Hopper, Martina Topley-Bird, Ike Turner ou o grande Shaun Ryder. Grande, portanto.
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