Em dias cinzentos ou em dias de amarelo feliz, essa coisa da alma a que damos o nome de música está sempre presente. Gosto particularmente de me sentar na minha sala de 4 rodas, engatar a primeira e partir à descoberta de novos sons, enquanto a paisagem me abraça e se confunde, por vezes, com eles. E aqui entra em cena uma velha mania que me persegue ao longo dos tempos: a velhinha compilação. A receita consiste em fazer primeiro um bom refugado (os 2 primeiros temas são essenciais para o sucesso da dita cuja), para seguidamente se juntar os ingredientes a gosto do freguês. Podemos dividir estas lindas senhoras por editoras, estilo musical, bandas, etc, etc... O interessante no meio disto tudo, se não houver qualquer tipo de catalogação a acompanhar a compilação, é sermos surpreendidos com as nossas próprias escolhas. Mesmo que saibamos que colocámos lá determinada canção, depois de termos compilado umas tantas, esqueçemo-nos que lá se encontra, para depois nos surpreendermos com a chegada dela entrando em convulsões de exagerada alegria...E é bom sentir assim. É bom que certas canções nos dêem cabo da vida e outras nos façam sentir o quanto é bom andar por cá, para amar e ser amado, para simplesmente viver e sentirmo-nos bem com isso, porque é esse, no fundo, o sentido de toda a existência...
quarta-feira, julho 27, 2005
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